quinta-feira, 27 de maio de 2010

Religiões Afro-brasileiras.

Querido diário,

Quanto tempo sem postar... Estive meio ocupado, mas já estou de volta. Entrei e tive uma boa notícia: meu primeiro comentário! \õ/
Feliz, pensava que ninguém lia meu blog (não confio naquele contador ali do lado Ô.õ), mas agora estou mais confiante. :D

Bom, ontem, na aula, um dos professores de história iniciou o assunto "Religiões Afrodecendentes". Algo muito atraente, visto que foi minha primeira visão sobre este tema intrigante e interessante ao mesmo tempo. Logo que a aula começou, dois alunos (que seguem a religião evangélica) se retiraram indignados com uma explicação do professor (sobre o demônio). Pior pra eles, perderam uma aula ótima!
Durante 388 anos (1500 - 1888), milhares de negros foram trazidos para trabalhar nas terras brasileiras. Estes homens traziam consigo uma enorme distinção cultural, inclusive suas próprias religiões e crenças.


Um grupo importante veio do Centro-sul da África, cuja língua nativa era o Yorubá (Iorubá ou Nagô, em português). Atualmente conhecida como Candomblé, cultuam os Orixás, Deuses com características humanas, as quais podem ser boas ou ruins (semelhante à mitologia grega). A estas divindades eram proporcionadas oferendas, que poderiam ser comidas, animais ou presentes (de acordo com o Orixá a ser tratado). Cada Orixá - como Oxalá, Ogum, Omolum, Iemanjá e Exú, por exemplo - tem uma preferência em relação às oferendas.
Aquilo que por mim era conhecido como "despacho", são essas oferendas com pedidos (muitas vezes de ajuda) a um determinado Orixá. No caso do exemplo dado pelo professor, quando a oferenda é direcionada à Omolum, Orixá da saúde e da doença, aquele (a) que a fez pode estar com um problema sério de saúde, talvez até na beira da morte.
O exemplo acima, quando exposto pelo professor, me fez refletir por algum tempo. Não que eu já tenha desrespeitado uma destas oferendas (pelo contrário, nunca vi), mas eu sinceramente não sabia qual seria minha reação ao ver algo do tipo. Talvez me fizesse medo e eu simplesmente sairia do local, mas no pior dos casos (analiso agora) eu faria algo ruim com aquilo, sem saber do que se tratava. Afinal, minha mente estava presa à idéia de que "despacho significa algo mal, magia negra, etc.". Agora saberei reagir corretamente caso eu venha a encontrar uma oferenda a um Orixá, respeitando a religião alheia.


Desrespeitar estas oferendas é como entrar em uma igreja evangélica, rasgar e queimar a Bíblia deles, ou então entrar na igreja católica e quebrar o um santo de devoção. Se você é de outra religião, encontre algo importante para a sua e pense como seria se algo ruim acontecesse com ela.
Não julgue as demais religiões baseada apenas nos princípios da sua, aprenda a respeitar as diferenças. Pense nisso!

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