domingo, 16 de maio de 2010

(In)Segurança Pública

Querido diário,

“Eu posso ser assaltada no supermercado, na rua, no cinema, na praça, na calçada, no portão da minha casa, mas nunca dentro de uma delegacia”. Esse foi o desabafo indignado da comerciante de 52 anos que se tornou mais uma vítima da violência na última quinta-feira (13).
E quem acha que as cidades interioranas estão livres deste problema social tão comum no nosso país está muito enganado. Cada vez mais a insegurança vem se intensificando nas pequenas cidades do interior e o fato relatado acima ocorreu na cidade de Salto, a 107 km de São Paulo.

Município de Salto (em vermelho)


Tudo bem se fosse só mais um assalto, a criminalidade, como já mencionado, é tão comum que um caso a mais ou um caso a menos já não despertam mais tanta surpresa, entretanto este roubo, onde dois bandidos levaram R$13,5 mil da comerciante, aconteceu dentro do 1º Distrito Policial (DP) de Salto. A mulher aguardava para prestar queixa sobre um celular clonado, já dentro da delegacia, e foi surpreendida por um dos homens. Uma carcereira e uma funcionária do governo, além de um escrivão que estava na sala ao lado, presenciaram todo o ocorrido, mas nada fizeram alegando pensar que se tratava de uma briga de casal. “Eu quero a bolsa! Me dá a bolsa! Atira nela!”, isto parece uma briga de casal?! Ô.õ
A incompetência dos agentes de segurança pública brasileira há muito vem sendo testada, mas não sou o único pensando que, desta vez, eles se superaram. Agora surge a dúvida: se este tipo de “acidente” ocorre até dentro de uma delegacia, será que existe algum lugar onde possamos estar realmente seguros? E ainda aproveitando as palavras da pobre vítima: “E agora, eu vou reclamar ‘aonde’? ‘Pro’ Bispo? Porque onde a gente vai reclamar é na delegacia”.


A história detalhada você pode conferir aqui.

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